sábado, 21 de agosto de 2010

Ideias infames para mudar o mundo - parte II

Seguindo a linha de do primeiro post sobre ideias para um mundo mais sustentável (leia), volto aqui para compartilhar mais uma, infelizmente pouco compreendida pela comunidade humanista...

Todos temos ciência de que, a priori, a temperatura da Terra está se elevando, que os alimentos estão se esgotando e que as fontes de água potável são cada vez mais escassas.

Sabemos também que os mamíferos e as aves são os animais que mais consomem energia para a manutenção de sua vida, portanto, os maiores responsáveis pela alta demanda de água e alimentos, certo?

Calma, não vou propor o extermínio de espécie alguma (pelo menos por enquanto).

Na verdade, é uma ideia ainda verde. Diferente da primeira, meus limitados conhecimentos biológicos ainda não me permitem saber como colocá-la em prática.

O fato é que mamíferos e aves são os maiores consumidores de alimentos, visto que precisam de uma intensa queima intracelular de energia para a manutenção de sua temperatura.

Animais pecilotérmicos, poiquilotérmicos ou ectotérmicos, termo atualmente correto, por outro lado, consomem consideravelmente menos energia, utilizando meios externos para sua manutenção térmica.

Thiago Lacerda já aderiu à nossa campanha
Ora, juntando todas as peças: se os seres humanos não fossem endotérmicos (ou homeotérmicos), precisariam consumir apenas uma fração entre 1/3 e 1/10 do que é consumido hoje.

Não seria uma maravilha!?
Não haveria mais guerra por comida. O consumo d'água também seria reduzido com a menor necessidade de transpiração.

Projeto SEMT - Sistema Externo de Manutenção Térmica
Todavia, como disse há pouco. Preciso me aperfeiçoar nos conhecimentos para que a comunidade científica ao menos considere possível a minha proposta.

Até então não obtive sucesso. Meus experimentos geraram apenas dois gatos congelados, um cão assado (e  note-se que não encontrei relação do bicho falecido com um cachorro quente) e três hamsters mortos sem motivo aparente.

Mas não se preocupem! Continuarei tentando pelo bem do planeta!!!

Um grande abraço.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

VolksWagen, sexo e futebol

Hoje trago uma questão diferente. 
Resolvi entrar um pouco no delicado meio de boa parte dos blogueiros e consultores brasileiros, abordando algumas de suas práticas de fala e escrita, seus vícios, meias verdades, e análises simplistas ou míopes.

Ressalto que boa parte deles (se não todos) são consideravelmente melhores do que eu, não só nos quesitos qualificação acadêmica e profissional, mas principalmente pela capacidade de comunicação e persuasão que geralmente apresentam. Entretanto, ainda assim, me atreverei a questionar um dos seus hábitos mais comuns.

Para exemplificar, usarei um comentário feito por uma renomada jornalista, que optei por chamar de Magali VolksWagen*, pelo notório domínio que aparenta (leia se 'gostaria de') ter sob o universo organizacional de ambos os sexos.

É notório que a inteligência do ser humano é limitada. Que não consegue assimilar bem a complexidade do universo nas mais recorrentes relações onde está inserido, por isso, procura a representação da realidade através de esquemas, gráficos e relações de causa e efeito que desconsideram os inúmeros atores secundários que a influenciam.

Foi assim que Magali disse saber explicar o motivo pelo qual os homens são mais bem sucedidos profissionalmente que as mulheres, considerando a igualdade etária e acadêmica.

A justificativa é... gostar e jogar futebol.
Potencial melhor executivo do mundo

(Tive que contar essa para minha mulher!)

Em sua explanação, 'Volks' desfilou toda uma analogia entre o lazer e o labor.
Da necessidade de trabalho em equipe à formação da liderança, passando pelos processos decisórios, resolução de conflitos, competição, motivação, conciliação, colaboração, vitória (confraternização) e derrota (superação).

Segundo ela, desde pequenos os homens aprendem e praticam alguns dos mais importantes conceitos nas relações de trabalho, mesmo sem ter ciência disso.

O mau humor do post de hoje é direcionado à postura tomada por boa parte dos consultores e analistas organizacionais, se posicionando como 'redescobridores da roda' e de donos de um poder de análise e síntese que os autopromove a donos da verdade.

A analogia dessa repórter é muito boa. Mas, honestamente, não pode ser defendida como a única, nem como a principal causa de um quadro infinitamente mais complexo. Honestamente? Acho que nem seria uma delas.
Improvável turma feminina da Harvard Business School

Ou então o país pentacampeão mundial deveria figurar como a nação de CEOs mais bem sucedidos internacionalmente.

E se a situação fosse inversa? Se as estatísticas demonstrassem uma valorização maior do sexo feminino?

Estou quase certo de que encontraríamos um pseudo-oráculo defendendo a tese de que as mulheres têm desempenho e reconhecimento superiores ao do sexo oposto por que enquanto os homens estão preocupados com as brincadeiras e fanfarronices de um esporte nada edificador, elas estão dedicadas a ações artísticas mais refinadas e que simulam as interações sociais presentes na vida pessoal e profissional, como as novelas e os seriados de TV, onde o posicionamento como observador as permite analisar situações de conflito, sem o envolvimento pessoal.

Em outras palavras, como uma atividade como o futebol, recheada de rivalidades vãs, brigas e palavrões injustificados, ou seja, uma prática que regride a mente humana a atitudes primitivas e irracionais, onde não se consegue aplicar conceitos humanísticos básicos como a diplomacia ou a famosa relação ganha-ganha poderia promover alguma melhoria comportamental no ser humano?

* O leitor consegue identificar quem é a repórter?

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Ideias infames para mudar o mundo

Nos últimos anos tenho lido e ouvido inúmeras ideias para que a vida na Terra seja "sustentável".
Redução do efeito estufa, preservação da diversidade biológica, 3Rs, mudança climática, são algumas expressões da moda. O problema é que a maioria das propostas não passa de uma boa intensão.

Carros elétricos e o impasse sobre a fonte de energia
Uma delas, e possivelmente a mais recorrente, é aquela que defende a fabricação de carros elétricos, basicamente por serem menos poluentes. O estranho é que os mesmos ambientalistas que defendem esse tipo de produto são radicalmente contra a construção de novas usinas de energia...

Citando Rodolfo Araújo "Se hoje já vivemos crises energéticas, imagine tendo que carregar a bateria do carro.
Já estou imaginando a mobilização, passeatas, abaixo-assinados de ecologistas-ipanemenses para impedir a construção de usinas hidrelétricas, termoelétricas ou mesmo nucleares para gerar energia para... carros elétricos."

Entre outras nonsense que volta e meia nos são enfiadas goela abaixo, sou mais a minha ideia:

Que tal uma pequena intervenção cirúrgica em toda a população do mundo para tornar o corpo humano mais eficiente?

Que máquina perfeita, que nada! Nada é tão bom que não possa ser melhorado.

Feliz adepto da urinoterapia
A sugestão é bem simples: assim como já funciona com a maioria das plantas industriais 'inteligentes', nosso corpo poderia recircular boa parte da água consumida.

Não, não... não pensem que sou adepto da urinoterapia. Longe disso...

O que estou propondo é que exista uma política pública para que os ureteres (canais que ligam os rins à bexiga) de todas as pessoas sejam ligados ao início do intestino grosso.

E por que a ideia é boa?

Ora, se o intestino grosso é responsável por drenar o bolo fecal, reduzindo o desperdício d'água no sistema digestivo, poderia fazer o mesmo com o produto final do sistema excretor. Assim, a perda de líquido seria mínima! Basicamente, apenas pelo suor. 

Até o desempenho de nossa economia seria potencializado, visto que os funcionários gastariam consideravelmente menos tempo para se reidratar ou ir ao banheiro, gerando maior produtividade por mão de obra.

Fim do problema ambiental
Se o consumo de água potável é reduzido, com a menor utilização das descargas nos banheiros, o volume de água contaminada também seria.

Não é o máximo?!?

Poderíamos começar com nossos pequenos futuros descendentes, que tal?

E o que aconteceria com a bexiga, sem utilidade?

Ora, poderemos pensar em amenizar a fome de alguns excluídos...

Vamos nos mobilizar e enviar a proposta ao Green Peace! Quem sabe não abraçam a causa e são os primeiros a se submeter ao procedimento?

Cloaca no Green Peace já!