quarta-feira, 14 de abril de 2010

"ENC RES" Não Deixe de Ler

Escrevi este texto a um tempão mas até hoje não tive coragem de enviar por e-mail para as pessoas que precisariam ler, por receio de talvez magoá-las. Decidi publicá-lo aqui, apenas para desocupar a minha
pasta de rascunhos....


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Prezados,

Por favor, respondam a esse desafio:

Medigam qual é a empresa que em sã consciência distribuiria notebooks para qualquer usuário de internet pelo simples fato de conhecer 08 ou 20 pessoas?

Tempo...


Tempo...


Tempo...


Resposta: Nenhuma!

Eu explico:

Diariamente recebemos uma infinidade de e-mails com textos como este, que apresentam apelações falsas buscando iludir usuários da internet.

Um exemplo bem simples: Se você tivesse uma lanchonete, algum dia passaria pela sua cabeça pagar um pastel com refri para qualquer pessoa que dissesse conhecer 08 pessoas?

Faz algum sentido?

Esse tipo de e-mail, bem como as correntes de "lindas mensagens" que volta e meia enchem a nossa caixa de entrada nada mais são do que formas que algumas pessoas encontraram de tomar conhecimento dos endereços eletrônicos de inúmeros internautas para que possam enviar "spams" ou de difundir vírus, cavalos de Tróia, etc.

Pense bem.

Na dúvida, não (re)envie!!!

Mensagens melosas, correntes prometendo algo ótimo caso envie para um determinado número de pessoas, ou algo péssimo caso não o faça, "santos andarilhos", anjos, novenas virtuais, etc.

Até hoje não conheci ninguém que tivesse concretizado as promessas desse tipo de mensagem. Ninguém ganhou na loteria, ninguém recebeu um telefonema inesperado em 10 minutos (até porque tomar alguma ação para receber uma ligação inesperada, já torna a ligação esperada), ninguém recebeu um cheque, um computador, sequer um alfinete.

A única coisa que se recebe são vírus, spams, etc.

Como não costumo reenviar correntes, eu já deveria ter sofrido coisas horríveis, como ter conhecido o anjo da morte ou perdido todos os parentes e pessoas que amo umas 984 vezes, deveria ter meu MSN cancelado, ser envolvido em núvens de azar, e toda a sorte de pragas que se pode imaginar.

Quanto às animações que apareceriam após o envio, raciocinem, se ela aparece após o envio (depois dos mais diversos comandos como shift+Z, tab+barra de espaços, etc), como é que quem te enviou sabe que isso acontece? Se a mensagem já foi enviada, como o remetente escreveu o que viu?

Seria como trancar a gaveta e guardar a chave dentro!

Nenhuma família recebe 1 centavo que seja por e-mail reenviado para ajudar a uma criança que nasceu sem pernas e braços, foi queimada enquanto fritava quibe segurando a frigideira com a boca e dilacerada por um pit-bull furioso depois de uma viagem de horas sobre um camelo com hemorróidas do tamanho de uma couve-flor...

Isto serve apenas para tentar emocionar a pessoa que lê.

Pessoas,

Me enviem piadas, notícias, informações interessantes, zoações, atualidades, fotos, convites, granadas, me mandem para a PQP, comentem o que quiserem nesse blog, mas não me mandem mensagens do tipo "não custa nada enviar", "eu fiz minha parte", "funciona mesmo", ou "coloque seu nome no fim da lista".

Qual é o poder que um simples texto tem sobre você? Sobre o congresso? Sobre a liderança política de centro-esquerda neoprogressista revolucionária da Moudânia? Sobre a matança indiscriminada das formigas de fogo do pântano do norte da área de preservação do índio do buraco?

Pense.

E NÃO reenvie esta mensagem.


Um grande abraço e desculpe o desabafo.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O Bumba e a curva

Na noite do último dia 08 tive a infeliz oportunidade de ouvir o prefeito de Niterói ser responsabilizado pelo soterramento de dezenas, talvez centenas de pessoas no morro do Bumba (um lixão desativado a mais de 30 anos) devido às fortes chuvas que ocorreram no local ultimamente.

Bumba depois do desastre
O repórter que o entrevistava, claramente conduzia a conversa para uma espécie de interrogatório, do qual o prefeito (cujo nome nem me lembro), tentava se esquivar e por mais de uma ocasião, se contradisse: ora assumia a responsabilidade de ter se omitido da remoção das pessoas, ora alegava ter informações de que o local não oferecia riscos consideráveis.

Isso me fez lembrar de outro fato.

A poucos meses, culparam também o prefeito de minha cidade por ter desativado um dos radares fixos (conhecidos também pelo nome de pardais) de uma via semi-expressa e ter gerado inúmeros acidentes automobilísticos ali, uma vez que a ausência de fiscalização ostensiva contribuiu para o aumento da velocidade dos condutores.

O interessante foi que nenhum dos acidentes registrados no local envolvia pedestres, ou seja, apenas os condutores e passageiros sofriam com uma curva fechada, que, se feita em velocidade incompatível com sua angulação, não conseguiam manter o veículo na pista e acabavam dentro do principal rio da cidade.

Acho, particularmente, estranho...

Os moradores do Bumba não sabiam do risco que corriam?

O chorume que jorrava ao lado das casas não representava nada?

A placa de trânsito, limitando a velocidade em 60 km/h e o aviso de curva perigosa servem apenas apenas de tiro ao alvo?

Não consegui condenar as prefeituras...

As transferências de culpa da população para outras entidades não pode ser aceita de forma tão natural.


Para tirar certeira de habilitação, os postulantes tem que ser alfabetizados e maiores de 18 anos.
Para construir uma casa em qualquer lugar que seja, primeiro se avalia o terreno (nem que seja apenas visual ou olfativamente).

Os prefeitos, governadores, presidentes, policiais, bombeiros, juízes, etc. não poderiam ser vistos como babás de pessoas em pleno gozo das suas faculdades mentais e do direito constitucional de fazer tudo o que a lei não proíbe.

O Estado mandou alguém construir uma toca, que seja, no alto de uma montanha de lixo?
Quem foi que pisou no acelerador (ou não pisou no freio) antes de uma curva de noventa graus?


Bom, não é a ideia deixar o blog com o viés político que ele está tomando, por isso, acho melhor parar por aqui.

Talvez no próximo, escreva algo relacionado à forma com que as pessoas costumam tratar a causalidade de seus sucessos e fracassos (teoria da atribuição)... talvez não...

Enfim, este post já está ficando grande demais. Prefiro deixar a reflexão psicológica para uma próxima ocasião.

Até lá.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

A crítica por si só

Explicada a finalidade crítica deste blog, preciso aplicar o veneno da crítica nos próprios críticos.

Tem sido frequente e muito bem-sucedida a ideia de comentar as notícias com um ar irreverente e venenoso, por parte dos telejornais nacionais. Porém, há de se refletir também, sobre a própria reflexão do comentarista.

Vou tentar não ser confuso: a crítica, usada por si só, não é válida quando ataca qualquer alvo, pelo simples motivo de ter que existir.

Objetivamente, e sem a menor intenção de ser governista, tenho ouvido inúmeras críticas ao lançamento do PAC2 (segunda parte do programa de aceleração do crescimento, do governo federal) de modo anterior à conclusão da primeira etapa.

A princípio, é sim, algo que causa estranheza e desperta a curiosidade e descrença, principalmente porque enseja a inauguração de algo em ano eleitoral.

Bom, a lógica da crítica é: PAC2 sem PAC1 em 2010 = tentativa de sucessão presidencial no partido da situação.

O raciocínio pode estar certo, mas será que é simples assim?

Deveríamos esperar que as obras da primeira parte do programa fossem concluídas para assistir ao início das ações da segunda?

Por quê?

Por acaso uma ação infraestrutural no Acre depende da conclusão das obras de um 'banheiro' no Rio Grande do Sul?

Reitero: Não gostaria que esse post tivesse viés petista, inclusive porque muitos integrantes do partido já provaram que não têm tanta boa intenção. Inclusive, o TCU não acredita que a iniciativa dos PACs seja imaculada.

Mas...

A crítica (e o crítico) por si só, baseado apenas na ideia de que a segunda parte deve iniciar apenas com a conclusão da primeira...

"Tá fraco"!

Introdução

Neste primeiro post, optei por falar um pouco do perfil que este blog terá e do meu próprio estilo de escrita.

Como o título do blog já sugere, sou mesmo um mala...
Minha provável representação 2D

Sou conhecido por ser uma pessoa muito crítica com informações cruas (o ser pelo ser, sem explicação). Um indivíduo pouco inclinado a aceitar verdades absolutas e crenças com pouco fundamento ou com fontes duvidosas.

Já fui classificado como cético, mas o canal aberto por este blog mostrará que isso também não é uma verdade.

Meus textos geralmente apresentam o estilo 'segunda-feira de Garfield', onde praticamente não importa o assunto. Sou contra!

Brincadeiras à parte, não sou tão radical quanto pareço, apenas acredito que este posicionamento busca fomentar a ponderação das ideias geralmente aceitas facilmente pela maioria das pessoas.

Enfim, espero que gostem, e que possamos evoluir juntos por meio dessa poderosa ferramenta de comunicação.

Um grande abraço.