terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Que tipo de animal é um gay?

Por favor, acalme-se!

Esclareço que entendo que gays são, sim, seres humanos.

Bom... até ontem (12.12.2010) tinha essa certeza... assim como pensava tempos atrás sobre outras, ditas, minorias, como negros, portadores de deficiência e indígenas, por exemplo.

É engraçado. 
Esses dias aconteceu no Rio de Janeiro mais uma das proliferantes (?) paradas gays brasileiras (leia aqui). Evento que por si só já é totalmente controverso.

Sem contar que o objetivo declarado do ato público é a luta por direitos da classe (?) mas parece mais um carnaval fora de época, sem manifestações fatuais de lutas politicas ou sociais.

O evento dessa semana foi motivado e potencializado pelos recém descobertos covardes ataques a homossexuais na av. Paulista (relembre aqui, aqui, aqui ou aqui). Chamo de recém descobertos porque, ainda que também a considere escabrosa, indigna e revoltante, imagino que não seja uma ação tão recente quanto se noticiou.

Modernos, por outro lado, são os eventos contra esse tipo de agressão, que se transformaram em pano de fundo para lobbys pró aprovação da PLC 122, que propõe a criminalização da homofobia.

Contemporânea às agressões na Paulista foi a notícia da morte de um torcedor do Cruzeiro, time de MG, brutalmente agredido por integrantes de uma agremiação ligada ao time rival, Atlético Mineiro (leia).
Caeteris Paribus, esse fato é bem mais chocante que a ocorrência paulistana. Não há o que questionar.

Deveríamos então incluir na PLC 122, punições mais fortes contra agressões a torcedores da Mafia Azul?

* * *

Sou contra qualquer tipo de agressão direcionada a seres vivos (eXcluindo aos insetos - para que servem, afinal?). Mas ora, para quê criminalizar a homofobia, se a agressão ao ser humano já é proibida pelo direito brasileiro?

Complementando, meus ínfimos conhecimentos linguísticos me sugerem que, etimologicamente, o termo homofobia remete à aversão pelo seu igual: homo = igual; fobia = inimizade/ódio/temor.

Você teme ou odeia alguém igual a você?

Pelo que vejo, o movimento moderno é justamente o inverso disso. Vide tribos urbanas.

Misturando os radicais gregos e latinos, pelo entendimento
gay, a locução homo sapiens poderia referenciar uma
'salta-poçinhas catedrática'!

O pior é que se ainda bagunçarmos um pouco os radicais e utilizarmos o significado para "homo" na origem latina (como em homo sapiens) o significado se transformaria para 'aversão ao homem' (ser humano). O mesmo que antropofobia...

Você consegue ver alguma relação desses significados com aquele atacado pelos homossexuais?

A etimologia sugere, em ambas as decomposições, que a homofobia seria o ódio contra um igual, contra seres humanos.

Ao meu ver, 'pró PLC 122's entendem tanto de neologismos quanto o Faustão (por quê?).

Trágico, não?

Mas enfim, quero chamar a atenção para o fato de que quanto mais nos declaramos em luta pela integração, mais nos segregamos.
Se é esse o caminho para a evolução,
prefiro continuar peludo e com o rabo intocado!

Criar leis em privilégio de um em detrimento de outro, não é fato unificador.

Quero esclarecer que, a contragosto, também faço parte de uma dessas minorias que se intitula cheia de siglas*. Mas sem militância. Apenas sou classificado como tal.

Portadores de deficiência podem gozar de uma lei que permite, por exemplo, que sejam reservadas vagas para concorrência somente por candidatos deficientes em concursos públicos...

Negros gozam de benefício parecido com relação ao ingresso em universidades...

Indígenas tem, proporcionalmente, a maior parte de território nacional por habitante para seu usufruto...

E por quê?

Por que nasceram ou se transformaram em minorias!

Mas, na minha opinião, isso não é justificativa.

Se gays estão contra a humanidade ou a sociedade. EU SOU CONTRA HOMOSSEXUAIS!

Assim como gays (GLSs, GLBTs, LGBTQs, QWERTYs, ASDFs, ZXCVs, ou qualquer outro baralho de teclado) não podem sofrer agressão física ou moral por sua opção sexual, eu também não posso sofrê-la por ser avesso a esse tipo de criatura, uma vez que ela não se considera gente!

E não pense que o 'privilégio' é desse grupo! Também não tolero hippies, punks, góticos, ciganos, nobres, políticos, sem terra, e uma 'pá' de outras identidades coletivas modernas ou não, se elas se considerarem superiores aos terráqueos mortais comuns.

pra não dizer que é um post machista,
uma homenagem à tribo colorida...
Eu gosto de pessoas!
Pessoas que lutem por direitos das pessoas! Direitos coletivos, e não de (imensas) minorias!

Pessoas que não se conectam na rede mundial virtual e se isolam em tribos no mundo real.

No meu microgrupo de amizades, se um gay se considera gente antes de ter uma opção sexual, poderá ser bem vindo. Do contrário, infelizmente não (e tenho boas lâmpadas fluorescentes em casa, cuidado! rs).

Quem não se considera gente, não pode ser considerado como tal.

Toda agressão a seres humanos deve ser proibida e exemplarmente punida, entretanto, agressão contra homossexual não pode ser crime, a não ser que a violência contra seres humanos tenha sido descriminalizada e esqueceram de me avisar!

É questão de lógica: se a agressão contra seres humanos é crime, qualquer subespécie de Ricky Martin também está protegida!

Me desculpe se estou sendo repetitivo ou ambíguo, mas é que essa questão não faz sentido! Que tipo de ser é um gay, se não é humano?

E digo mais.
Que tipo de animal é um gay, que não se enxerga beneficiado se qualquer agressão a seres vivos for criminalizada? Ou gays acharão normal a violência contra os demais hominídeos da Terra?

Que viadice é essa!?!?!?

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* Entre elas, PPD, PDH e PCD (significado)



sábado, 16 de outubro de 2010

Festival SWUma inconsistência...


começa com você... acreditando.

Recentemente assistimos admirados à realização do festival de música SWU, no interior de São Paulo. Mais um evento que levantou a recorrente bandeira da sustentabilidade...

Excluindo a real importância do tema, será que os presentes estavam efetivamente preocupados com o assunto?

Pelo pouco que vi das entrevistas e flashes do local, tenho a segurança de dizer que não.

Se notoriamente os espectadores e os músicos estavam mais preocupados com a diversão e com a arrecadação, será que a organização estava realmente bem intencionada?

Um Mala que se preze, não pode acreditar nesse conto...

Pesquisei intensamente (google) mas, claro, não encontrei dados relacionados ao consumismo gerado localmente durante o festival.

Bom, vamos aos questionamentos:

- Por que não era permitido cozinhar nos acampamentos?
Será que não se pensou na quantidade de embalagens plásticas, metálicas e de papel dispensadas durante os dias de evento?

- Por falar em lixo, quanto foi gerado no festival e qual foi a destinação dele?
Ainda que tenha sido enviado para a reciclagem, todo processo de transformação consome uma quantidade considerável de energia. E energia, como se sabe, não se perde. Se transforma.

- Quanto combustível foi consumido para a realização do SWU?
Carros, ônibus e aeronaves foram utilizados para levar equipamentos, alimentos, músicos e expectadores para Itu. Ora, se aquela manifestação do GreenPeace na ponte Rio-Niteroi foi extremanente criticada pelo volume de CO2 lançado na atmosfera, imagine transportar uma multidão e todo o suprimento necessário, de diversas partes do Brasil e do mundo para Itu? (Ah, e ainda tem a volta!)


Seu casaco ficou ótimo!
Precisa ver o meu, de pele de foca!

- Quanta droga foi comercializada e consumida nos ambientes?
Ou alguém acha que não houve?...

- Quais foram as exigências de camarim dos músicos?
Sabemos que não há classe mais consumista.


Portanto, será que não seria mais sustentável NÃO realizar o tal evento???

Pode existir ideia mais odiosa que esconder um lobo em pele de cordeiro?

Tá bom, aí alguém pode me dizer que sempre haverá um investimento por trás de uma boa intenção. Que o festival ao menos serviu para a abertura das mentes e para o fortalecimento do tema, mas...

Ah, fala sério!

Acredita mesmo nisso???

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Pequenas Igrejas, Grandes Negócios

Não, não... ao contrário do que diz o título do post, não vou falar sobre a arrecadação ou da isenção fiscal das igrejas, nem da reputação dos líderes religiosos, da entrega incondicional dos crentes e da facilidade com que muitos são persuadidos, da impressionante proliferação de instituições, tampouco das contradições entre o que é pregado nesses locais e o instrumento base da maioria (a bíblia), seus rituais, hábitos, referências, etc.

Hoje o motivo é, digamos, menos nobre. Quem sabe um outro dia posso descrever toda a minha complexa teoria anti-religiosa (mas muito crente!) a respeito das instituições que se denominam a verdadeira igreja de Deus.

Falar do tema é sempre polêmico, por isso dizem que religião não se discute. Mas o que vou propor aqui é extremamente pontual, além de ter um embasamento científico aplicado.

Recentemente uma nova igreja foi inaugurada a um quarteirão de minha casa. E desde então, durante seu funcionamento, não conseguimos conversar, ler, assistir TV, dormir e sei lá mais o que... plantar mandioca sem pensar em Sodoma e Gomorra... e mais um milhão de outras coisas. Não dá pra fazer nada!

"Outroção sem nossão"
Fiquei me perguntando por que será que uma igreja que funciona numa garagem inativa precisa de microfones, caixas de som e instrumentos elétricos, além de tanta gritaria?


Tive uma trindade de insights:

A primeira resposta foi quase imediata: Passe em frente a um local desses e repare em quantas pessoas estão realmente prestando atenção no 'mestre de cerimônias'.
Agora imagine se ele tivesse à sua disposição apenas o poder mágico de suas pregas vocais. Não dá... ninguém olha pro sujeito, que fica ali, falando um sem-número de palavras desconexas, enquanto ouve outros gritos em resposta!

Tá, mas nem toda igreja tem aquele monte de gente berrando "Aleluias", "Glória a Deus" e "Améns" (que muitos nem sabem o significado) a torto e a direito. Então, a segunda resposta foi a intenção que a igreja teria, de chamar a atenção daqueles que estão fora das suas dependências, com o intuito de que pudessem ser tocados pelas palavras.
Bom, tirando que o som mais repele que atrai, uma terceira resposta ganhou força.

Esta justificativa foi a que eu achei a mais interessante: o barulho infernal (com o perdão do trocadilho) funciona como um um grande alívio, tão logo cessa, gerando no fiel a sensação de que todo o peso e o incômodo que ele carregava até então, ficou na igreja.

Como assim?

Ora, depois de horas de som desafinado e altíssimo, muitas vezes potencializado pelo eco e por uma grande parte dos presentes, além de assentos incômodos e falta de ventilação, tudo o que o corpo quer (mesmo que subconscientemente) é sair daquela situação.

O silêncio pós culto deve ser alucinante! Libertador!

Se vai gritar, larga a porra do microfone
O êxtase pode ser sentido pela leveza com que os participantes saem do local. Dá pra notar o alívio na cara de cada um!

Aí fica fácil atribuir essa ótima sensação ao tempo passado no interior da igreja, gerando a impressão de que todos os seus problemas foram resolvidos. Ficaram lá.

Daí deve ter saído o nome de 'sessão descarrego', que muitas usam.

O único problema é que eu não sinto o tal descarrego, pelo contrário, fico 'pilhado'!!!

As leis do silêncio, que muitas cidades editaram (e na minha não é diferente), busca proteger cidadãos comuns do incômodo doloso provocado pela emissão de som, geralmente, acima de 70 decibéis.

Também é importante destacar que é um mito essa ideia de que é somente entre 10h da noite e 04h da manhã que a lei delimita a poluição sonora.

Então, gostaria de que meus adoráveis vizinhos venerassem seu deus-surdo no raio que os parta! Ou então aproveitem parte do dízimo para comprar alguns aparelhinhos para direcionar os sons dos seus microfones para fones de ouvido e isolem as paredes dessa merda acusticamente!

Por mais que queiram, meus queridos, o volume das suas caixas de som não chega no céu! E outra: Não precisa chegar. Ou seu deus não é onipresente?

É sério, se o paraíso for assim, eu prefiro ouvir a maravilhosa sinfonia das labaredas misturada ao reconfortante cheiro de torresmo do subsolo.

Que Deus esteja convosco... e me perdoe mesmo que eu não me arrependa do que disse...

Amém!


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O ELEFANTE - Lição de vida

O texto não é meu, mas ainda assim é muito bom, hehehe...

Eu sei que foi você que comeu todos aqueles Iô iô Cream!
O ELEFANTE - Lição de vida

Dizem que os elefantes nunca esquecem os fatos que marcam suas vidas.
Se você acredita nisto (ou mesmo se não acredita), não deixe de ler o texto abaixo. É simplesmente  I M P R E S S I O N A N T E!

Em 1989, Peter Davies estava de férias no Kenia depois de se graduar na Northwestern University.

Em uma caminhada pela savana ele encontrou-se com um bebê elefante que estava com uma  pata levantada, já havia sido abandonado pela sua mãe e pela manada por não poder mais caminhar.

Peter se aproximou muito cuidadosamente, o pequeno elefante estava furioso e estressado.

Peter ficou de joelhos, examinou a pata do elefante e encontrou um grande pedaço de madeira enfiado na sola da pata.

O mais cuidadosa e gentilmente possível, Peter removeu com a sua faca o pedaço de madeira.

Neste momento o elefante, vagarosamente, colocou sua pata no chão e fixou seu olhar diretamente nos olhos de Peter por tensos e longos segundos, que mais pareciam horas....

Peter ficou congelado pensando que seria atacado.

Depois de um certo tempo o elefante fez um barulho bem alto com sua tromba, virou-se e foi embora, provavelmente em busca de sua mãe e da manada.

Peter nunca esqueceu o elefante e tudo o que aconteceu naquele dia.

20 anos depois, mais precisamente em 23 de maio de 2009, Peter estava passando pelo Zoológico de Chicago com seu filho adolescente quando eles se aproximaram da jaula dos elefantes. Uma das criaturas se virou e caminhou para um local próximo onde Peter e seu filho, Cameron de apenas 15 anos estavam.

O grande elefante encarou Peter, como a 20 anos atrás, levantou sua pata do chão e a abaixou por várias vezes emitindo altos sons enquanto encarava o homem. Todos ao se redor correram em desespero pois imaginaram que o forte e poderoso animal pudesse romper a barreira das grades e atacá-los.

Neste momento, Peter, segurando seu filho pela mão para que pra que não se amedrontasse, relembrou do encontro em 1989 e reuniu toda sua força e coragem, escalou a grande grade e entrou na jaula.

Andou diretamente até o elefante e o encarou diretamente nos olhos, como que retribuindo o olhar daquele marcante momento na savana.

O elefante emitiu um som alto, enrolou sua tromba na perna de Peter e o jogou uns 8 metros de distância, diretamente contra a parede e pisoteou seu por várias vezes até matá-lo.

Ou seja: não era a mesma porra de elefante e o Peter se fudeu!

Fim.

sábado, 21 de agosto de 2010

Ideias infames para mudar o mundo - parte II

Seguindo a linha de do primeiro post sobre ideias para um mundo mais sustentável (leia), volto aqui para compartilhar mais uma, infelizmente pouco compreendida pela comunidade humanista...

Todos temos ciência de que, a priori, a temperatura da Terra está se elevando, que os alimentos estão se esgotando e que as fontes de água potável são cada vez mais escassas.

Sabemos também que os mamíferos e as aves são os animais que mais consomem energia para a manutenção de sua vida, portanto, os maiores responsáveis pela alta demanda de água e alimentos, certo?

Calma, não vou propor o extermínio de espécie alguma (pelo menos por enquanto).

Na verdade, é uma ideia ainda verde. Diferente da primeira, meus limitados conhecimentos biológicos ainda não me permitem saber como colocá-la em prática.

O fato é que mamíferos e aves são os maiores consumidores de alimentos, visto que precisam de uma intensa queima intracelular de energia para a manutenção de sua temperatura.

Animais pecilotérmicos, poiquilotérmicos ou ectotérmicos, termo atualmente correto, por outro lado, consomem consideravelmente menos energia, utilizando meios externos para sua manutenção térmica.

Thiago Lacerda já aderiu à nossa campanha
Ora, juntando todas as peças: se os seres humanos não fossem endotérmicos (ou homeotérmicos), precisariam consumir apenas uma fração entre 1/3 e 1/10 do que é consumido hoje.

Não seria uma maravilha!?
Não haveria mais guerra por comida. O consumo d'água também seria reduzido com a menor necessidade de transpiração.

Projeto SEMT - Sistema Externo de Manutenção Térmica
Todavia, como disse há pouco. Preciso me aperfeiçoar nos conhecimentos para que a comunidade científica ao menos considere possível a minha proposta.

Até então não obtive sucesso. Meus experimentos geraram apenas dois gatos congelados, um cão assado (e  note-se que não encontrei relação do bicho falecido com um cachorro quente) e três hamsters mortos sem motivo aparente.

Mas não se preocupem! Continuarei tentando pelo bem do planeta!!!

Um grande abraço.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

VolksWagen, sexo e futebol

Hoje trago uma questão diferente. 
Resolvi entrar um pouco no delicado meio de boa parte dos blogueiros e consultores brasileiros, abordando algumas de suas práticas de fala e escrita, seus vícios, meias verdades, e análises simplistas ou míopes.

Ressalto que boa parte deles (se não todos) são consideravelmente melhores do que eu, não só nos quesitos qualificação acadêmica e profissional, mas principalmente pela capacidade de comunicação e persuasão que geralmente apresentam. Entretanto, ainda assim, me atreverei a questionar um dos seus hábitos mais comuns.

Para exemplificar, usarei um comentário feito por uma renomada jornalista, que optei por chamar de Magali VolksWagen*, pelo notório domínio que aparenta (leia se 'gostaria de') ter sob o universo organizacional de ambos os sexos.

É notório que a inteligência do ser humano é limitada. Que não consegue assimilar bem a complexidade do universo nas mais recorrentes relações onde está inserido, por isso, procura a representação da realidade através de esquemas, gráficos e relações de causa e efeito que desconsideram os inúmeros atores secundários que a influenciam.

Foi assim que Magali disse saber explicar o motivo pelo qual os homens são mais bem sucedidos profissionalmente que as mulheres, considerando a igualdade etária e acadêmica.

A justificativa é... gostar e jogar futebol.
Potencial melhor executivo do mundo

(Tive que contar essa para minha mulher!)

Em sua explanação, 'Volks' desfilou toda uma analogia entre o lazer e o labor.
Da necessidade de trabalho em equipe à formação da liderança, passando pelos processos decisórios, resolução de conflitos, competição, motivação, conciliação, colaboração, vitória (confraternização) e derrota (superação).

Segundo ela, desde pequenos os homens aprendem e praticam alguns dos mais importantes conceitos nas relações de trabalho, mesmo sem ter ciência disso.

O mau humor do post de hoje é direcionado à postura tomada por boa parte dos consultores e analistas organizacionais, se posicionando como 'redescobridores da roda' e de donos de um poder de análise e síntese que os autopromove a donos da verdade.

A analogia dessa repórter é muito boa. Mas, honestamente, não pode ser defendida como a única, nem como a principal causa de um quadro infinitamente mais complexo. Honestamente? Acho que nem seria uma delas.
Improvável turma feminina da Harvard Business School

Ou então o país pentacampeão mundial deveria figurar como a nação de CEOs mais bem sucedidos internacionalmente.

E se a situação fosse inversa? Se as estatísticas demonstrassem uma valorização maior do sexo feminino?

Estou quase certo de que encontraríamos um pseudo-oráculo defendendo a tese de que as mulheres têm desempenho e reconhecimento superiores ao do sexo oposto por que enquanto os homens estão preocupados com as brincadeiras e fanfarronices de um esporte nada edificador, elas estão dedicadas a ações artísticas mais refinadas e que simulam as interações sociais presentes na vida pessoal e profissional, como as novelas e os seriados de TV, onde o posicionamento como observador as permite analisar situações de conflito, sem o envolvimento pessoal.

Em outras palavras, como uma atividade como o futebol, recheada de rivalidades vãs, brigas e palavrões injustificados, ou seja, uma prática que regride a mente humana a atitudes primitivas e irracionais, onde não se consegue aplicar conceitos humanísticos básicos como a diplomacia ou a famosa relação ganha-ganha poderia promover alguma melhoria comportamental no ser humano?

* O leitor consegue identificar quem é a repórter?

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Ideias infames para mudar o mundo

Nos últimos anos tenho lido e ouvido inúmeras ideias para que a vida na Terra seja "sustentável".
Redução do efeito estufa, preservação da diversidade biológica, 3Rs, mudança climática, são algumas expressões da moda. O problema é que a maioria das propostas não passa de uma boa intensão.

Carros elétricos e o impasse sobre a fonte de energia
Uma delas, e possivelmente a mais recorrente, é aquela que defende a fabricação de carros elétricos, basicamente por serem menos poluentes. O estranho é que os mesmos ambientalistas que defendem esse tipo de produto são radicalmente contra a construção de novas usinas de energia...

Citando Rodolfo Araújo "Se hoje já vivemos crises energéticas, imagine tendo que carregar a bateria do carro.
Já estou imaginando a mobilização, passeatas, abaixo-assinados de ecologistas-ipanemenses para impedir a construção de usinas hidrelétricas, termoelétricas ou mesmo nucleares para gerar energia para... carros elétricos."

Entre outras nonsense que volta e meia nos são enfiadas goela abaixo, sou mais a minha ideia:

Que tal uma pequena intervenção cirúrgica em toda a população do mundo para tornar o corpo humano mais eficiente?

Que máquina perfeita, que nada! Nada é tão bom que não possa ser melhorado.

Feliz adepto da urinoterapia
A sugestão é bem simples: assim como já funciona com a maioria das plantas industriais 'inteligentes', nosso corpo poderia recircular boa parte da água consumida.

Não, não... não pensem que sou adepto da urinoterapia. Longe disso...

O que estou propondo é que exista uma política pública para que os ureteres (canais que ligam os rins à bexiga) de todas as pessoas sejam ligados ao início do intestino grosso.

E por que a ideia é boa?

Ora, se o intestino grosso é responsável por drenar o bolo fecal, reduzindo o desperdício d'água no sistema digestivo, poderia fazer o mesmo com o produto final do sistema excretor. Assim, a perda de líquido seria mínima! Basicamente, apenas pelo suor. 

Até o desempenho de nossa economia seria potencializado, visto que os funcionários gastariam consideravelmente menos tempo para se reidratar ou ir ao banheiro, gerando maior produtividade por mão de obra.

Fim do problema ambiental
Se o consumo de água potável é reduzido, com a menor utilização das descargas nos banheiros, o volume de água contaminada também seria.

Não é o máximo?!?

Poderíamos começar com nossos pequenos futuros descendentes, que tal?

E o que aconteceria com a bexiga, sem utilidade?

Ora, poderemos pensar em amenizar a fome de alguns excluídos...

Vamos nos mobilizar e enviar a proposta ao Green Peace! Quem sabe não abraçam a causa e são os primeiros a se submeter ao procedimento?

Cloaca no Green Peace já!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

"ENC RES" Não Deixe de Ler

Escrevi este texto a um tempão mas até hoje não tive coragem de enviar por e-mail para as pessoas que precisariam ler, por receio de talvez magoá-las. Decidi publicá-lo aqui, apenas para desocupar a minha
pasta de rascunhos....


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Prezados,

Por favor, respondam a esse desafio:

Medigam qual é a empresa que em sã consciência distribuiria notebooks para qualquer usuário de internet pelo simples fato de conhecer 08 ou 20 pessoas?

Tempo...


Tempo...


Tempo...


Resposta: Nenhuma!

Eu explico:

Diariamente recebemos uma infinidade de e-mails com textos como este, que apresentam apelações falsas buscando iludir usuários da internet.

Um exemplo bem simples: Se você tivesse uma lanchonete, algum dia passaria pela sua cabeça pagar um pastel com refri para qualquer pessoa que dissesse conhecer 08 pessoas?

Faz algum sentido?

Esse tipo de e-mail, bem como as correntes de "lindas mensagens" que volta e meia enchem a nossa caixa de entrada nada mais são do que formas que algumas pessoas encontraram de tomar conhecimento dos endereços eletrônicos de inúmeros internautas para que possam enviar "spams" ou de difundir vírus, cavalos de Tróia, etc.

Pense bem.

Na dúvida, não (re)envie!!!

Mensagens melosas, correntes prometendo algo ótimo caso envie para um determinado número de pessoas, ou algo péssimo caso não o faça, "santos andarilhos", anjos, novenas virtuais, etc.

Até hoje não conheci ninguém que tivesse concretizado as promessas desse tipo de mensagem. Ninguém ganhou na loteria, ninguém recebeu um telefonema inesperado em 10 minutos (até porque tomar alguma ação para receber uma ligação inesperada, já torna a ligação esperada), ninguém recebeu um cheque, um computador, sequer um alfinete.

A única coisa que se recebe são vírus, spams, etc.

Como não costumo reenviar correntes, eu já deveria ter sofrido coisas horríveis, como ter conhecido o anjo da morte ou perdido todos os parentes e pessoas que amo umas 984 vezes, deveria ter meu MSN cancelado, ser envolvido em núvens de azar, e toda a sorte de pragas que se pode imaginar.

Quanto às animações que apareceriam após o envio, raciocinem, se ela aparece após o envio (depois dos mais diversos comandos como shift+Z, tab+barra de espaços, etc), como é que quem te enviou sabe que isso acontece? Se a mensagem já foi enviada, como o remetente escreveu o que viu?

Seria como trancar a gaveta e guardar a chave dentro!

Nenhuma família recebe 1 centavo que seja por e-mail reenviado para ajudar a uma criança que nasceu sem pernas e braços, foi queimada enquanto fritava quibe segurando a frigideira com a boca e dilacerada por um pit-bull furioso depois de uma viagem de horas sobre um camelo com hemorróidas do tamanho de uma couve-flor...

Isto serve apenas para tentar emocionar a pessoa que lê.

Pessoas,

Me enviem piadas, notícias, informações interessantes, zoações, atualidades, fotos, convites, granadas, me mandem para a PQP, comentem o que quiserem nesse blog, mas não me mandem mensagens do tipo "não custa nada enviar", "eu fiz minha parte", "funciona mesmo", ou "coloque seu nome no fim da lista".

Qual é o poder que um simples texto tem sobre você? Sobre o congresso? Sobre a liderança política de centro-esquerda neoprogressista revolucionária da Moudânia? Sobre a matança indiscriminada das formigas de fogo do pântano do norte da área de preservação do índio do buraco?

Pense.

E NÃO reenvie esta mensagem.


Um grande abraço e desculpe o desabafo.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O Bumba e a curva

Na noite do último dia 08 tive a infeliz oportunidade de ouvir o prefeito de Niterói ser responsabilizado pelo soterramento de dezenas, talvez centenas de pessoas no morro do Bumba (um lixão desativado a mais de 30 anos) devido às fortes chuvas que ocorreram no local ultimamente.

Bumba depois do desastre
O repórter que o entrevistava, claramente conduzia a conversa para uma espécie de interrogatório, do qual o prefeito (cujo nome nem me lembro), tentava se esquivar e por mais de uma ocasião, se contradisse: ora assumia a responsabilidade de ter se omitido da remoção das pessoas, ora alegava ter informações de que o local não oferecia riscos consideráveis.

Isso me fez lembrar de outro fato.

A poucos meses, culparam também o prefeito de minha cidade por ter desativado um dos radares fixos (conhecidos também pelo nome de pardais) de uma via semi-expressa e ter gerado inúmeros acidentes automobilísticos ali, uma vez que a ausência de fiscalização ostensiva contribuiu para o aumento da velocidade dos condutores.

O interessante foi que nenhum dos acidentes registrados no local envolvia pedestres, ou seja, apenas os condutores e passageiros sofriam com uma curva fechada, que, se feita em velocidade incompatível com sua angulação, não conseguiam manter o veículo na pista e acabavam dentro do principal rio da cidade.

Acho, particularmente, estranho...

Os moradores do Bumba não sabiam do risco que corriam?

O chorume que jorrava ao lado das casas não representava nada?

A placa de trânsito, limitando a velocidade em 60 km/h e o aviso de curva perigosa servem apenas apenas de tiro ao alvo?

Não consegui condenar as prefeituras...

As transferências de culpa da população para outras entidades não pode ser aceita de forma tão natural.


Para tirar certeira de habilitação, os postulantes tem que ser alfabetizados e maiores de 18 anos.
Para construir uma casa em qualquer lugar que seja, primeiro se avalia o terreno (nem que seja apenas visual ou olfativamente).

Os prefeitos, governadores, presidentes, policiais, bombeiros, juízes, etc. não poderiam ser vistos como babás de pessoas em pleno gozo das suas faculdades mentais e do direito constitucional de fazer tudo o que a lei não proíbe.

O Estado mandou alguém construir uma toca, que seja, no alto de uma montanha de lixo?
Quem foi que pisou no acelerador (ou não pisou no freio) antes de uma curva de noventa graus?


Bom, não é a ideia deixar o blog com o viés político que ele está tomando, por isso, acho melhor parar por aqui.

Talvez no próximo, escreva algo relacionado à forma com que as pessoas costumam tratar a causalidade de seus sucessos e fracassos (teoria da atribuição)... talvez não...

Enfim, este post já está ficando grande demais. Prefiro deixar a reflexão psicológica para uma próxima ocasião.

Até lá.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

A crítica por si só

Explicada a finalidade crítica deste blog, preciso aplicar o veneno da crítica nos próprios críticos.

Tem sido frequente e muito bem-sucedida a ideia de comentar as notícias com um ar irreverente e venenoso, por parte dos telejornais nacionais. Porém, há de se refletir também, sobre a própria reflexão do comentarista.

Vou tentar não ser confuso: a crítica, usada por si só, não é válida quando ataca qualquer alvo, pelo simples motivo de ter que existir.

Objetivamente, e sem a menor intenção de ser governista, tenho ouvido inúmeras críticas ao lançamento do PAC2 (segunda parte do programa de aceleração do crescimento, do governo federal) de modo anterior à conclusão da primeira etapa.

A princípio, é sim, algo que causa estranheza e desperta a curiosidade e descrença, principalmente porque enseja a inauguração de algo em ano eleitoral.

Bom, a lógica da crítica é: PAC2 sem PAC1 em 2010 = tentativa de sucessão presidencial no partido da situação.

O raciocínio pode estar certo, mas será que é simples assim?

Deveríamos esperar que as obras da primeira parte do programa fossem concluídas para assistir ao início das ações da segunda?

Por quê?

Por acaso uma ação infraestrutural no Acre depende da conclusão das obras de um 'banheiro' no Rio Grande do Sul?

Reitero: Não gostaria que esse post tivesse viés petista, inclusive porque muitos integrantes do partido já provaram que não têm tanta boa intenção. Inclusive, o TCU não acredita que a iniciativa dos PACs seja imaculada.

Mas...

A crítica (e o crítico) por si só, baseado apenas na ideia de que a segunda parte deve iniciar apenas com a conclusão da primeira...

"Tá fraco"!